
Obras
1. Residência Ione e Fernando Marroquim
![]() Térreo | ![]() 1 pavimento |
---|---|
![]() Corte esquemático | ![]() Fachada frontal |
![]() Viga e escada de concreto aparente | ![]() Vista pra piscina, ponto central divisor |
![]() Pequeno jardim na entrada da casa | ![]() Jardim-terraço |
Localização: Mata da Praia, Vitória – ES
Projeto: 1978
Construção: 1983
Área do terreno: 400m²
Área construída: 270m²
A obra é uma casa-escritório no estilo modernista, com uma bela vista do escritório para o terraço-jardim. Não há indicações de janelas nas plantas, apenas uma pequena janela que permite a fluidez do olhar de dentro do escritório para a rua. Porém os quartos permitem que o vento os atravesse por uma discreta abertura em fita, no corredor de circulação da área intima, para os jardins por trás dos quartos, que participam da vida íntima da casa.
A massa construída é continua e não deixa os espaços sobrecarregados. O contato com a natureza é intenso no terraço-jardim, nas lajes cobertas por vegetações e até na entrada da casa. Os pergolados criam sombras agradáveis e discretas, permitindo a entrada dos raios solares nos quartos e na entrada.
A residência da arquiteta já não apresenta as relações tradicionais do edifício com a rua. É uma casa fechada voltada para si mesma, com acolhimento interno e total. Uma casa intima, que protege e agrada, quem adentra logo “lê” o ambiente. Seu exterior mostra esse fechamento para si mas a entrada chama bastante atenção. A fachada compõe-se de azulejos de desenho exclusivo dos arquitetos que são dispostos desordenadamente, uma apropriação da arquitetura pernambucana, dos azulejos de Delfim Amorim.
Essa edificação casa-escritório, cuja a entrada é bem pronunciada, não interage com as construções ao redor por permeabilidade visual, mas é destacada pelo diferencial e não perde jamais o referencial do uso a que se propõe, o de ser uma casa. Sua estrutura, concreto e laje plana, com terraço-jardim, se relacionam com elementos de influência colonial, como o azulejo. Se nota um valor da arquitetura modernista, que é o de perceber o espaço assim que se chega no ambiente. Estruturas e espaços claros.
2. Edifício de Apoio (Restaurante, Lazer, Serviços e Garagem) da Fábrica Chocolates Garoto
![]() Fachada frontal | ![]() Planta de situação |
---|---|
![]() Térreo | ![]() Vista da passarela metálica |
![]() 3 pavimento | ![]() Fachada lateral, recuos no térreo |
![]() Cobogos para ventilação e recuoscriando espaços sombreados de descanso | ![]() Fachada frontal.png |
![]() Curvas criam movimentação na fachada | ![]() Passarela metálicaunindo anexo a fábrica |
![]() Passarela metálicaunindo anexo a circulação vertical |
Localização: Vila Velha – ES
Projeto: 1989
Construção: 1992
Área do terreno: 7.500²
Área construída: 11.000m²
Neste projeto, os arquitetos promovem uma comunicação de edifícios de diferentes épocas. A relação do antigo com o novo. O projeto visava um anexo ao prédio da fábrica. Deveria abrigar garagem, restaurante, cozinha, e um espaço para treinamento e lazer/descanso dos funcionários. O terreno para inserção do anexo situava-se em frente a fábrica, do outro lado de uma avenida de intenso trafego de veículos.O programa além de extenso, exigia que o novo edifício fizesse ligação com o prédio onde funcionava a fábrica e com outra edificação localizada ao lado do terreno, que abrigava creche e vestiário.
O projeto do edifício, já se destacou pela própria implantação. No entorno constituído de pequenas construções no alinhamento da calçada, essa construção criou recurso no térreo.
O refeitório fica no pavimento que recebe “a passarela”. Facilidade no acesso dos funcionários.
No 3 pavimento, a funcionalidade desse conjunto está na associação de volumes e espaços, que poderiam ficar vazios, com o lazer e a função primeira de localização da casa de maquinas.
A edificação foi recuada para mostrar um diferencial em relação as construções vizinhas, que estão no limite da calçada. Esta é a proposta de projetos como anexo da Fábrica de Chocolates Garoto. Os recuos permitem criação de espaços para descansar. Foram utilizados cobogos como elementos para ventilação, que vieram a participar na interação do edifício antigo (fabrica) com o novo (anexo). No refeitório há muita cor e luz, há espaço para descansar com sombra e vento, sentar e esticar as pernas e ver a rua, gente que passa e a vida que acontece lá fora. A clareza adicional, nas estruturas portantes; o movimento nas varadas e as cores nas estruturas metálicas. É o conceito de fábrica, porém sem ser fechado, cinza de poluição, sério como indústria. Nota-se algumas formas orgânicas no terraço. Curvas, ondas, danças de cores e formas na releitura de um elemento muito conhecido dos capixabas, o terraço.
Para solucionar o problema da passagem dos funcionários de uma edificação a outra, do outro lado da avenida movimentada, com o objetivo de chegarem ao serviço de refeitório, vestiário e creche, foi feita uma passarela metálica. Da mesma maneira, outra passarela para unir o anexo a circulação vertical. Essa passarela é vedada com vidros, o que é uma perfeita combinação para continuar a leveza da estrutura metálica.
Essa intervenção marcou a paisagem com a novidade da cor, na estrutura de metal – uma influência da tecnologia utilizada em muitos países europeus, reflexo da bagagem de imagens que a arquiteta foi buscar. Embora fosse uma construção para fabrica o projeto soube tirar partido de materiais de diferentes dos comumente usados na região sem com isso parecer ostensivo ou sério, como uma indústria. A cobertura de treliça e telha metálica tornou o edifico mais leve, assim como o uso de revestimento cerâmico colorido, dando uma característica mais atual a construção.